A sigla ESG é a abreviação de “Environment, Social & Governance” (Ambiental, Social e Governança, ou ASG no português) diz respeito àquelas empresas ou instituições que adotam boas práticas dentro desses três aspectos para conquistar resultados de excelência na governança corporativa. Vislumbrar apenas os lucros é uma ideia ultrapassada, a preocupação com o impacto social – responsabilidade social e sustentabilidade – fazem a diferença no mundo dos negócios. Investidores de todo o mundo estão colocando mais fatores na balança ao escolher bons investimentos e uma dessas exigências modernas é a questão das boas práticas de sustentabilidade, sociais e de governança.
O Diplomatic conversou com o especialista no assunto, Valério Gonçalves, que é presidente do Instituto de Cooperação para Estudos de Inovação Tecnológica (ICIT), uma instituição científica e tecnológica de assessoramento a Organizações da Sociedade Civil (OSCs), idealizador do Movimento OSC 360º, que oferece vários produtos e serviços voltados ao Terceiro Setor, e autor de livros e artigos sobre o assunto.
Valério faz consultorias para empresas e instituições no Brasil e em outros países e garante que a responsabilidade social corporativa associada a outros práticas tem valor acrescido. A tendência atual é contratar serviços de empresas comprometidas com o impacto social e aspectos de governança implantados, ou seja, que pratique o ESG. “Hoje, a prática de ESG é quase que obrigatória para a rentabilidade dos negócios e para a percepção da responsabilidade social de uma forma mais efetiva.” afirma Gonçalves. Ele destaca que a ideia de levar esse tema também para os investimentos é uma consideração simples: companhias mais preocupadas com ações sociais, ambientais e de governança estão expostas a menos riscos, enfrentam menos problemas jurídicos, trabalhistas e fraudes. São mais corretas e mais rentáveis.
O Brasil tem evoluído nesta tendência e percepção de impacto social, voltando o olhar e ação para o bem-estar da sociedade. Essa vantagem, que ainda aparece de forma tímida em alguns números e setores, como é o caso dos índices da bolsa brasileira, já não é imperceptível. As empresas que estão fazendo o IPO nas bolsas de valores, estão dando importância ao ESG para aumentar o preço das ações. Antes, no mundo empresarial, se falava de gestão de recursos humanos, passou para gestão de pessoas e já se fala em gestão de talentos – que é a combinação de esforços e incentivos estratégicos para garantir a satisfação dos colaboradores e rentabilidade dos negócios.
Assista à integra da entrevista de Valério Gonçalves ao Portal Diplomatic