Chipre impacta o mundo com sua imensidão histórica.

INTERVIEW

O Cônsul Honorário da República do Chipre, César Augusto de Aguiar, em entrevista ao Portal Diplomatic apresenta a importância do Turismo e da Cultura da pequena ilha que já foi ocupada pelo Império Romano outrora. E compartilha com Simone Salgado, empresária brasileira erradicada nos Estados Unidos, as inúmeras possibilidades de investimentos.

“Hoje em Chipre temos uma renda per capita de trinta e dois mil euros, nós não temos nenhum analfabeto, e olha que dado interessante, todas as praias são de Bandeira Azul, porque não tem poluição. Nós recebemos quatro milhões de turistas, no verão principalmente 80% vão no verão do Hemisfério norte, que começa em junho, julho e agosto, parte de setembro e são europeus, pouco americanos e os nórdicos adoram. E já fevereiro, janeiro, depende, fazendo bastante frio, bastante neve, dá para você tomar um sol na praia e andar 80 quilômetros e esquiar no monte Olimpos.”.

Uma entrevista completa mostra, pela visão de César Augusto, o quão rica é a história do Chipre que é a terceira maior ilha de ocupação populacional do Mediterrâneo. Recebendo pelo menos 4 milhões de turistas todos os anos, pelo seu cuidado com o meio ambiente e por suas belezas naturais, com praias paradisíacas, vestígio históricos e com zero burocracia para que o visitante desfrute de uma experiência única. César conta com maestria para o Portal como o Cobre foi descoberto lá, sobre os navios e todas as curiosidades que cercam essa ilha cinematográfica.

Pergunta – Flávia Mellysse Souza (CEO do Portal Diplomatic) – Sejam muito bem-vindos, este é o Portal Diplomatic, o maior portal de notícias diplomáticas. Neste primeiro bloco, vamos receber César Aguiar o Cônsul Honorário da República do Chipre, e também Simone Salgado a fundadora da FINTEC Monkey e também do S Group Investment. César, seja muito bem-vindo, muito obrigada por fazer parte hoje desse primeiro bloco de entrevistas. Gostaria de conhecer um pouco mais sobre a sua história no mundo diplomático. Quanto tempo você já atua nas relações diplomáticas e também no consulado honorário do Chipre?

Resposta – César Augusto (Cônsul Honorável da República do Chipre) – Eu agradeço o convite, estou há trinta e cinco anos como cônsul da República Cônsul Honorário da República de Chico de São Paulo e durante esse período vinte anos, eu atuava sozinho porque nós não tínhamos embaixada, eu respondi ao embaixador de Chipre em Washington. Há quinze anos então foi formada a embaixada aqui.(…)

Flávia Mellysse — Além disso, me conta um pouquinho mais dessa relação comercial Brasil com a República do Chipre?(…)

Resposta — César Augusto: Olha, nós temos muito pouco relacionamento comercial, Brasil Chipre, Primeiro pela distância, a ilha de Chipre é a última ilha no Mediterrâneo em frente ao Líbano Israel e só tem um milhão e duzentos mil habitantes. Então a parte comercial e cultural é muito mais com a Europa do que com o Brasil. Não é um grande fornecedor de produto pro Brasil, ele compra café, e compra parte de petróleo e alguns outros produtos, e nós aqui trouxemos o queijo que é um queijo especial que veio de lá sendo feito com leite de cabra e leite de ovelha. (…) O Marco Antônio com Clioptery doou a ilha para Cleópatra, Júlio César também passou na ilha, eles eram os ROMANOs do Oriente Médio é outro dado interessante Ricardo Coração de Leão casou na ilha e Limasol onde foi servido um dos vinhos feito há quatro mil anos da mesma maneira, comandaria. Então foi servido na, no casamento de Ricardo Coração de Leão. Ricardo Coração de Leão, ficou duro, teve que vender a ilha e vendeu porque ele comandou a terceira cruzada em mil cento e noventa e um, vendeu a ilha para os templários então passou durante décadas da parte francesa porque os templários eram nobres franceses. (…) Em mil novecentos e setenta e quatro, os turcos, a Turquia atacou a ilha. É um absurdo porque tinham catorze anos de república, eles não tinham exército, e a Turquia atacou porque a Turquia sendo membro da OTAN (…) Então hoje em Chipre tem uma renda por cabeça de trinta e dois mil euros, nós não temos nenhum analfabeto, e olha que dado interessante, todas as praias são de Bandeira Azul, porque não tem poluição. Nós recebemos quatro milhões de turistas, no verão principalmente 80% vão no verão do Hemisfério do Norte, que começa em junho, julho e agosto, parte de setembro e são europeus, pouco americanos e os nórdicos adoram. E já fevereiro, janeiro, depende, fazendo bastante frio, bastante neve, dá pra você tomar um sol na praia e andar 80 quilômetros e esquiar no monte Olimpos.

Flávia Mellysse — (…) Então o turismo é a principal?

César Augusto — É o principal, depois vem a parte de serviços: bancários, contadores, advogados e nós temos a Marinha Mercante que tem aproximadamente 1200 navios com bandeira de Chipre. Dá um pouco de trabalho para o consulado nos portos brasileiros, pros navios que era a marinha americana com toda categoria de navio da marinha mercante.”

Flávia Melysse — Nossa, que dado interessante. E falando então sobre essa questão dos serviços bancários aproveitar essa deixa eu chamo então a fundadora da FINTEC Monkey, Simone Salgado que veio direto da Filadélfia para compartilhar um pouco mais sobre esse grande projeto. (…) Na ilha Posso esquiar, E se sou uma empresária, sou alguém que estou no negócio, no setor financeiro, existe mercado-nos na ilha de Chipre, qual é a relação de negócios que eu posso estabelecer com o Chipre?

César Augusto — Bom, Chipre tem uma coisa extremamente importante que antes de entrar para União Europeia ele era completo. Quando entrou, foi proibido ter as contas numeradas, mas a União Europeia permitiu que a parte fiscal fosse a mais branda em termos dos outros países da União Europeia, o máximo de impostos que você paga é 12%.

Flávia Melysse — Então 12% em relação aos outros que são trinta e sete, trinta e cinco por cento o Chipre tem essa vantagem?

César Augusto — É uma porta aberta principalmente para os setores financeiros. Chipre tem a parte financeira, então ela tem toda a União Europeia, ele tem a Europa, apesar de a Inglaterra ter saído da União Europeia foram 100 anos Colônia, então tem uma relação íntima, tanto é o direito ser agro-saxônico, não é romano. Eles mantiveram isso daí e a mão de direção também é inglesa. Nós temos acordos bilaterais com quarenta países, todo gol rico, todo Leste europeu, parte da África, Ásia, com a China especialmente. E nesse acordo bilateral os impostos de importação e exportação são baixíssimos. Ficou ao redor de 2%. E então essa parte fiscal é extremamente importante e estamos tentando viabilizar agora com o embaixador nosso que fica em Brasília, essa parte de empresas brasileiras entrarem em Chipre, para fazer o manufaturado e exportar para União Europeia porque ela entra então como uma indústria doméstica.

Flávia Mellysse — Que bacana.

César Augusto — Ela não tem tanta terra, não tem, mas seria extremamente interessante. Lá descobriu um bolsão, o maior bolsão de gás do Mediterrâneo fica entre Chipre, Líbano e Israel. Israel já está usando o gás, Chipre já tá terminando as perfurações, aí no ano que vem começar a usar o gás.

Flávia Melysse — Nossa, no meio desse conflito todo é incrível, né?

César Augusto — O Chipre é um país extremamente desenvolvido, aquilo que eu disse não há nenhum analfabeto,. Toda a população praticamente fala inglês, o grego é uma das línguas oficiais, o grego, o turco ficou com os turcos. Então o Avilar, aparte CPORTA GREGA é cristã. É bizantino, católico apostólico bizantino, os monastérios são maravilhosos, tem monastérios do século dez, do século oito, do século um, obras primas, uma coisa maravilhosa. Kikos é o mais lindo de todos. E a cidade mais linda que eu gosto muito é Pafos, onde fica a ilha de Afrodite, a deusa do amor.

Flávia Mellysse — Nossa, olha que incrível. César me fala um pouquinho sobre a relação Chipre e Estados Unidos está dentro desse acordo de quarenta países?

César Augusto — Sim, todos os países o único país que nós não temos relações diplomáticas é com a Turquia. Perfeito. Os outros países todos nós temos, e a Inglaterra quando deu uma independência ela deixou às duas bases Aeronavais e Chipre que é território da rainha não é território de Chipre, locais  da rainha e são bases que na época do pacto de Varsóvia de um lado e o outro eram bases eh ogivas nucleares. Depois que foi eliminado todo, mas ali faz parte da OTAN essas duas bases.

Flávia Mellysse — Que interessante, o Brasil como você mencionou lá no início do nosso bate-papo, da nossa entrevista que Chipre estava sem a embaixada. Há quanto tempo o embaixador já está atuando no Brasil?

César Augusto — Não, a embaixada foi aberta há quinze anos. Eu fiquei vinte anos sem embaixada. Ah sim. Agora o embaixador atual. Que está dando um impulso muito grande. Quer dizer, nós obedecemos o que a embaixada conduz como ele conduz. A parte principalmente a parte cultural nós vamos começar a fazer uma série de exposições porque, Chipre tem dez mil anos, então tem vários museus extremamente importantes. Que abrange dez mil anos! E para nós é interessante, muito bom.

Flávia Mellysse — César o que eu gostaria de já aproveitar essa deixa falando da economia que também envolve os serviços financeiros para Simone contar um pouquinho, uma brasileira empresária empreendedora que saiu do Brasil há vinte e três anos e foi para os Estados Unidos com um sonho, tive em ser e ela hoje tem um conglomerado de empresas e tem uma Fintec, que abriu um leque de oportunidades para os brasileiros. Simone conta um pouquinho para gente sobre o seu projeto e um pouco da sua história.

Simone Salgado(Empresária) — Bom, eu cheguei nos Estados Unidos em mil novecentos e noventa e nove. Trabalhei ali dois anos em restaurantes portugueses e depois abri a minha primeira loja brasileira. Ele se chama Made In Brasil com produtos financeiros e produtos brasileiros. E de lá para nós viemos numa crescente, hoje atuamos com supermercado, restaurante, na área de educação, na área financeira e agora estamos com a proposta de estarmos atendendo o imigrante dentro dos Estados Unidos e futuramente em outros países em língua portuguesa com o serviço bancário no sistema local. (…) Há informações financeiras a crédito, de uma maneira talvez confortável. Então essa é a nossa proposta. Não é só mais uma Fintec, é uma fintech que vai operar em português dentro de cada país, ou em língua local que seja interessante para o próprio país. Então nossos próximos países serão Portugal e Brasil. Mas com a intenção de continuar. Sendo uma segunda opção, mas que traga mais confiança e mais conforto. Nós não estamos aqui para conflitar com nenhum grande banco, muito pelo contrário, é trazendo mais credibilidade e mais conforto para o imigrante.

Flávia Mellysse — interessante. César como é dentro desses projetos financeiros na sua visão como diplomata, como uma pessoa que já atua há tantos anos nas relações exteriores, na sua visão qual é a importância de um projeto como o da Simone, para a comunidade brasileira que cada dia e hoje você encontra um brasileiro em cada canto do mundo. Então qual é a sua visão em relação a isso?

César Augusto — Eu acho super importante dar os parabéns à Simone. Obrigada. Porque vai ajudar a comunidade? E essa falha linguística das comunidades, ela vai suprir se fala português, é tudo em português. O indivíduo começa a ter vontade de participar da sociedade na totalidade porque ele fica cliente do banco, acho extremamente importante. Chipre está aberto para um banco que dali você tem um banco que na União Europeia, você montando o seu triteto em Chipre você tem um banco na União Europeia. Seria super interessante se o teu volume começasse a fazer um crescimento e lá tem algumas expansões muito interessantes, principalmente o gás. Nós estamos de portas abertas para isso, obrigada.

Flávia Mellysse — César, quero agradecer a sua participação, dizer que o Diplomatic está de portas abertas lá em Brasília para você é também para Embaixada de Chipre lá em Brasília e aqui também em São Paulo. Nós queremos muito te agradecer.”

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