Maya Gabeira, Quebrando recordes e tabus para construir um caminho pelas ondas.

Primeira mulher a surfar no Alasca, Maya Gabeira vem quebrando barreiras em sua carreira e mostrando para o mundo que seu talento vai além das ondas gigantes. A surfista de ondas gigantes Maya Gabeira, já enfrentou grandes desafios além dos marés. Superando os preconceitos por ser uma mulher na sua profissão dominada pelo público masculino. Maya também teve que superar um acidente quase fatal que sofreu nas praias de Nazaré. Em uma entrevista ela culpou seu mentor da época, Carlos Burle, por colocar uma pressão para que ela surfasse aquela onda, também por ele não ter seguido o protocolo de segurança com inúmeras falhas na hora de seu resgate, que a deixou mais de 10 minutos submersa na água. Acho que eu não escolheria aquela onda nos dias de hoje, teria escolhido uma onda melhor, mas a gente não tinha tanta experiência. Então ele me colocou naquela onda, e eu acabei caindo e quebrando meu tornozelo. Carlos não tinha muita experiência em resgates e nem tínhamos uma equipe de auxílio, como há nos dias de hoje. E o Carlos estava sem comunicação, tinha perdido o rádio, e nós continuamos mesmo assim… Foi um erro grave.”  Disse Maya em entrevista ao jornalista Graham Bensinger. Maya Gabeira é resgatada após queda em onda gigante em Portugal; ela teve que ser reanimada Mesmo com o susto ela ficou bem e hoje mostra que sua especialidade é se equilibrar nas grandes possibilidades, trazendo agora uma nova visão para sua trajetória com projetos que vão entre sua história com o mar e a sua luta pelo meio ambiente, sendo inclusive reconhecida e nomeada pelo ONU, como embaixadora global da UNESCO para a conservação dos mares durante um congresso internacional sobre o assunto que aconteceu em Lisboa, pelas mãos da diretora-geral da Unesco, Andrey Azoulay. Maya superou seu próprio recorde mundial de 2018 em 2020, ao surfar em uma onda, com uma altura de 22,4 metros também em Nazaré, oficializada no Guinness Book – o livro de recordes mundiais, que a surfista foi responsável pela criação da categoria feminina de Surf, quando se tornou a primeira mulher a surfar no Alasca. Maya bateu o recorde durante um evento de tow-in em Nazaré— Foto: WSL / Damien Poullenot A recordista mundial, também conhecida como lunática, além de treinar apneia estática em piscinas e mergulho livre no mar, vem através da sua influência conscientizando o mundo, começando pelas crianças. Agora também é autora de de um livro infanto juvenil – “Maya, and the Beast” que fala de superação e também da sua história. Esse ano também foi lançado um documentário, “Maya and the Wave”,  que está em exibição no Festival internacional de Toronto, dirigido pela Stephanie Johnes, que conta a história de Maya e a força que ela teve para crescer profissionalmente nas maiores ondas do mundo e principalmente enfrentando o seu maior desafio: o machismo, que foi retratado com maestria pela diretora que se tornou, como disse a surfista, uma de suas melhores amigas na construção desse projeto que levou 10 anos para ser concluído. Ela ainda vem com mais novidades no meio de tantas conquistas, agora empreendedora ao lado de sua mãe, a estilista Yamê Reis, ela inaugurou sua marca de cosméticos Blueaya, com produtos sem testes em animais e pensando sempre no meio ambiente, Maya que também é a CEO da marca, lança seu primeiro produto: Um protetor solar mineral à base de óleos naturais nacionais que são extraídos de forma sustentável e algas marinhas, que ela testou nos últimos 2 anos pelo mundo todo em todo tipo de águas dos continentes e em vários modelos de uso, para todos os tipos de peles e principalmente para uso nos esportes. Mesmo o Surf ficando em segundo plano, ela não abandonou o esporte e segue superando seus desafios e se agarrando cada vez mais nas suas paixões. Livre de plásticos e com muita sensibilidade, Maya deixa sua marca pelo mundo, através da sua história, suas conquistas, seus produtos e da sua criatividade para fazer a diferença em cada detalhe que atua, se preocupando com um futuro melhor para o planeta.

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